31.10.09

Lacrimosa

Ouvir música clássica me leva às trevas de modo incrível, sinto até um arrepio penetrar em meu corpo. Mudando de assunto, preciso parar de me apaixonar facilmente e por qualquer um, ô tristeza... voke.


No âmago do âmago...
PS: Só queria usar esta frase hoje.

30.10.09

O amor em uma breve explicação.

Eu não sei bem o que é o amor, sabe, creio que seja não só um estado emocional como uma alteração psicológica do qual faz com que as pessoas acreditem fielmente naquilo que sentem, vêem ou escutem. Creio também que pelo fato de ser algo na alteração psicológica, cria uma dimensão, talvez uma nova dimensão onde as coisas parecem maiores, mais intensas e verdadeiras. A mente humana é capaz de diversas coisas. Já notei que o amor é algo que parece ser sentimental mas é psicológico, perceba em quais situações o ser humano se apaixona: quando a vida tá acabada, quando acabou de se tocar da realidade dos fatos devido a uma paixão recentemente anterior ou quando tudo está até indo razoavelmente bem. Perceba também que quando tudo vai bem, o ser humano tem tendência a piorar, a fazer algo ficar ruim. Ou seja: o amor aparece em certos estados psicologicamente afetados mesmo que o bom pareça inofensivo. Eu entrei em um desses estados psicológicos chamado de amor e agora caí na real, apesar de querer prosseguir em cima disso, gostaria de saber se você tem alguma objeção em cima do que acabei de expôr para que talvez eu possa dar um outro rumo aos seguintes fatos. Eu não tenho. Pois bem, entrei em um desses estados e como toda e qualquer mente humana independente da capacidade que ela tem de exercer as atividades, me permiti refletir sobre isso. Não sei o que sinto exatamente mas sei que minha mente comum como todas as outras, está a questionar as coisas da vida e do ser humano. Na verdade, creio que tudo que penso sentir, nada mais é que devaneios da minha cabeça. Conheci o meu ex em um dos estados onde geralmente as pessoas se apaixonam, talvez pelo meu estado psicológico alterado, acreditei em tudo o que me remetia a ele. Agora eu penso, o que é o amor além de um estado psicológico alterado? O que é o ser humano além de um poço de células, hemácias, líquidos e diversificadas matérias? Às vezes não muito raramente, creio que o mundo é uma criação do órgão mais poderoso existente na face da Terra: o cérebro. Notastes tu que tudo gira em torno da mente? Algumas pessoas acreditam em um mundo que chama-se de espiritual, outras não e as crenças são devido ao cérebro. Então se a mente humana é capaz de tanta coisa, poderia também ser capaz de destruir algo que ela mesma criou, assim como faz com as crenças mas por que ela não consegue em tão pouco tempo destruir algo por ela criado? Talvez porque nós, pobres humanos, apesar de termos um órgão tão poderoso, somos, como pode-se dizer? ''Burros'', e não sabemos ainda como utilizar tal órgão por ser contido de tamanho poder ao qual não podemos assimilar. Talvez não, o mundo é algo criado pela mente humana, assim como os sentimentos tais quais acabamos não associando à razão que é o que gira o sistema planetário criado e questionado por nós mesmos. O problema é que são várias mentes, não só uma, talvez o amor também seja isso, a sobrevivência aos fatos do que tem a melhor mente pois, apesar de feitas da mesma forma, são trabalhadas diferentemente por cada um. Disse assim, alguém que existiu, sabes tu talvez quem seja, o comparsa do Hitler que uma mentira dita cem vezes torna-se verdade. Sim, torna-se verdade pra quem a criou e pra todos que a escutaram tantas vezes e tão confirmada. Mas aí também me pergunto sobre o que seria a mentira, pois se nós criamos algo, criamos nele a verdade e a mentira. Às vezes penso que se eu acreditar que nunca estive em um estado psicológico alterado no qual como eu disse, se designa como amor, posso voltar a ter uma vida normal, na verdade creio também que é assim que se supera isso, como qualquer outro problema: acreditando em mais uma nova verdade inexistente ou existente criada por quem mesmo acabou de estar ''amando''. Amor e paixão se diferenciam em certos pontos talvez mas ambos tratam da mente, uma vez acreditei que amor era um só na vida até o dia da morte, porque a morte é onde a mente descansa para sempre por assim dizer. Talvez o amor aconteça só uma vez na vida praqueles que não sabem como superar e pelo fato de ele ser o caso patológico mais grave de todos os outros que chamamos de paixão. Acho que Freud e Lacan não sabem muito bem como explicar certas coisas, até porque os dois se deram o desgosto de amar alguma vez na vida mas tenho acreditado que sim o amor é um caso patológico. Como todo caso mórbido, existem níveis, ? Durante um bom tempo, digo, meses, tempo no qual homens como eu criaram para não se perder, contei dia por dia no qual me vi lutando por algo que minha mente insana criou, que eu chamava de amor. Mas como se diz em ''o elogio da loucura'', só sendo insano mesmo para querer passar a vida toda ao lado de alguém. Na verdade logo após toda essa onda de loucura, a pessoa passa a perceber, como eu percebi, que o amor não vale a pena, é uma das loucuras no qual não se vale a pena lutar para defender como se fosse mais uma idéia teórica da faculdade, pois na faculdade pelo menos vira um grande artigo e todos conhecem suas idéias. O amor é algo feito em dupla, no qual a outra mente pode variar, pode ser uma ruim ou boa, bom e ruim também entram como tudo, nesse conceito de razão. Pois, o bem e o mal dependem de quem vê, de quem escuta, e de quem convive com. Mas, voltando a idéia anterior, me vi doente, defendi minha doença, faz parte da mente defender o que lhe aparece às vezes. E agora, só agora percebo o quão problemático era o meu caso pois lidei com a pior das mentes que eu poderia lidar. Não, elas se completam em determinados momentos, não é como um gráfico constante de velocidade. É algo variável, se caso completassem, não haveria desavenças, talvez é aí que está o erro, deveriam se completar constamente, assim, em sintonia em tudo que se possa dizer, não somente em detalhes, ou em coisas grandes, mas sim nos dois, sempre. Aí sim seria uma patologia que valeria a pena. Ou talvez deixaria de ser patologia, pois a patologia é algo que com o tempo vai denegrindo você e acabando com tudo de forma avassaladora e se caso completassem em sintonia, não teria porquê ser patológico, pois teria explicação e o amor é algo mais questionado do que comprovado. É, eu acredito que não vale de nada amar pois ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez como se diz o Raul. Quais são os problemas de uma pessoa que nunca amou? Os mesmos de uma criança até o momento de se encontrar nesse estado doentio. Chamam de amor sim o que elas sentem pelos pais mas não creio que seja amor até o momento em que algo acontece com eles. Na verdade o que elas sentem são grande admiração, gratidão e carinho às pessoas que estão à sua volta todo dia, o dia todo até determinada idade. Isso é, na verdade nenhuma pensa nisso. Crianças não pensam no amor que sentem pelos pais, elas não se preocupam com isso, é algo que lhes é imposto, amar papai e mamãe mas elas mesmas não pensam nisso. Quando que você vê uma criança parando a brincadeira pra pensar: ''como eu amo meu pai e minha mãe''? Se elas pensassem nisso, sofreriam, procurariam saber sobre o que os aflige e acabariam perdendo a infância por pensar mais que o necessário em tempo constante. Não teriam cabeça para brincar. E se seguirmos essa linha de pensamento, chegaremos a conclusão de como se pode acabar com metade dos problemas só deixando de acreditar em coisas insanas e ignorando-as. E o que são os sentimentos além de algo criado pela nossa própria mente? Aliás, amor além de ser uma grande patologia, trata-se de uma crença também, no fundo no fundo bem egocêntrica. Todos que amam são egoístas pois sabemos que amam por acreditar que o outro lhe faz feliz e só saem disso ou entram em transe quando percebem que o outro não está mais o fazendo feliz. Ninguém começaria a amar uma pessoa que não a faz bem, por mais que essa pessoa a prejudique indiretamente. Na verdade, o amor se inicia assim, você não ama, você se importa com o que te faz bem. Por que as pessoas dizem que amam até objetos? Mas porque e por quem as pessoas criam amores platônicos? Nenhum judeu com os pais em um campo de concentração se apaixonaria platônicamente por Hitler. O amor platônico trata-se de uma crença profunda em que a pessoa acha que um dia irá possuir aquele ao qual tanto almeja. E porque o ama? Porque em algum ponto o outro a agradou e ela se sentiu feliz, e é buscando essa felicidade, constante e utópica que a pessoa cria o amor platônico. Talvez o amor só dê certo quando não se é correspondido. Porque você vai acreditar nele até o último segundo da sua vida se caso um imprevisto não acontecer, o amor correspondido não, te decepciona, te mostra que você estava doente e ainda te faz acreditar de que tudo foi muito maior do que realmente era, e te faz acreditar que vale mesmo a pena sofrer.

[....]

Eu precisava de apoio agora, precisava mesmo, mas quem se importa? Nem eu me importo. Não sei se ninguém tem capacidade de me apoiar ou se não se interessam em fazer isso, talvez a falta de apoio ainda irá me deixar esta dúvida. Tem sim uma pessoa que poderia fazer desse meu momento de nervosismo, incrívelmente, um momento de felicidade. Acreditas em milagre? Eu não, acredito em estado patológico da mente, em psicose talvez. Atribuo a todos sentimentos à força da mente, não da razão mas da ilusão, isso sim. Essa pessoa teria sim a capacidade de fazer não só isso mas muitas coisas, porém não tem inteligência o suficiente para compreender tal poder e muito menos saber que o possui. Isso é triste, muito triste: pra mim?