From me to you

Sim, Carolina Couto e Costa, essa é pra você.

(Não acredite na máscara que te fizeram usar e que se colou em sua face, porque por trás dela se encontra o seu verdadeiro eu)


Sabe? Não sei bem se ainda te amo, na verdade sei que amei muito a menina que conheci como John Lennon. Sabe por que voltei nessa história? Porque me dei o luxo de sonhar com você. Pois é. Agora penso o quão baixa você foi ao falar comigo e o quão homofóbica sua mãe é. Poderiam ter sido mais educadas, ou então como queriam, poderiam ter chamado a polícia pra eu dizer que vocês eram homofóbicas. Porque o que vocês alegariam? Nunca fiz nada contra ninguém, muito pelo contrário, me calei diante das bobagens que vocês me falaram. É à esse tipo de coisa que vai a minha crítica, a esse tipo de preconceito, sempre disseram que o amor ia além, mas além de que? Pelo jeito, o amor para alguns não é um sentimento tão grande assim, aliás, é tão pequeno que se limita aos conceitos humanos. Conceitos humanos? O que diria a respeito? A verdade somos nós mesmos que criamos, se somos todos com um pensamento, a verdade então não é uma só, não é absoluta como os fatos não são eternos. ''Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.'' mas até o bem e o mal são conceitos de cada um, o que para sua mãe era bom, para mim foi péssimo mas amaciou o ego da sua mãe porque o castigo para quem castiga, é um grande feito. Sim, eu não vou mais te atormentar com essa história mas precisava dizer que o seu: ‘’eu não te amo'', por scrap não me convenceu, no fundo sei que você não ama o Pedro porque você mesma me disse uma vez que a sua mãe que forçava o namoro, ainda tenho os históricos, acredita? Sei também que você não ama nem a você mesma e que tenta viver de aparências, baseado é claro em tudo que você me disse durante nosso curto tempo de o que se pode chamar de ''amizade''. Eu queria ver você me dizer todas as bobagens que disse, olhando no meu olho, não que eu fosse fazer algo porque não me é interessante fazer algo contra alguém mas queria ver se você teria coragem e se é mesmo tão baixa assim. Ah, Carol, precisa ver como eu mudei, por incrível que pareça, ampliei minha forma de ver as coisas e resolvi desabafar o que tanto gritou dentro de mim por esse tempo todo. Mas saiba, saiba que não, eu não te odeio, e agora também não tenho mais muito o que falar. (Precisa-se saber viver mesmo, sendo você mesma e não o que dizem para você ser. Mesmo que eu esteja fazendo papel de idiota aqui, é o que eu quero dizer, prefiro lidar com uma má consciência do que com uma má reputação. Ah, eu soube que sua mãe te levou ao psicólogo, haha, eu soube por acaso. Não sei porque você se desespera tanto quando o assunto se trata de mim, sendo que eu nada fiz e você não ama mesmo, talvez porque o medo é o pai da moralidade, certo, Nietzsche? E ser gay é um tanto quanto imoral.) Então, saiba também que eu não odeio a sua mãe pois não se odeia quem pouco se preza, odeia-se só quem está à nossa altura ou superior a nós. E tanto ia fazer se ela ligasse aqui pra me xingar, na verdade, eu faria questão de atender (desejar boa tarde) e explicar a ela que tudo passou de um grande engano, que não precisava de escândalos como os que ocorreram porque afinal, eu e você éramos somente amigas, nunca te pedi em namoro, certo? Mas ela nunca soube de nada porque ela só compreendia até onde lhe era conveniente. Até porque eu nunca te amei, amei os desejos que tinha por você e que talvez eu ainda os tenha. E além do mais amar é livre mesmo na ditadura mas... até Deus tem seu inferno que é o amor pelos homens. Bom, talvez isso seja tudo, feliz aniversário adiantado, sei que não mudamos de idade só no dia do aniversário e sim que envelhecemos a cada dia, adquirindo experiências ou talvez regredindo, espero que você voe pois assim, como se diz Nietzsche: será pequena somente diante dos que não sabem voar.

O que o pai calou aparece na boca do filho, e muitas vezes descobri que o filho era o segredo revelado do pai, by niti, rs